Investimento chinês nos EUA recua, pandemia pesa sobre fluxos bilaterais deste ano, diz relatório
PEQUIM (Reuters) - O investimento direto da China nos Estados Unidos caiu no ano passado para o menor nível desde 2009 em meio a tensões bilaterais, e a pandemia do Covid-19 continuará pesando nos fluxos de investimento entre as duas maiores economias do mundo, segundo um relatório.
Ao impedir negócios e afetar o crescimento econômico, a pandemia pode dissolver os efeitos positivos da Fase 1 do acordo comercial assinado em janeiro, afirmou o relatório da empresa de pesquisa Rhodium Group e do Comitê Nacional de Relações EUA-China.
Os dados iniciais indicam um "declínio significativo" do investimento chinês nos Estados Unidos nos primeiros meses de 2020, disse o relatório, com 200 milhões de dólares em investimentos diretos recém-anunciados, em comparação com 2 bilhões de dólares em média por trimestre no ano passado.
Mas as empresas norte-americanas anunciaram 2,3 bilhões de dólares em novos projetos de investimento direto na China no primeiro trimestre, apenas um pouco abaixo da média trimestral do ano passado, afirmou o relatório. As empresas norte-americanas não parecem considerar uma redução significativa de sua presença na China, informou o relatório.
Ao expor as frágeis cadeias de suprimentos globais, a pandemia pode forçar as empresas norte-americanas a mover a produção para fora da China, mas também pode estimular mais investimentos à medida que as empresas tentam adaptar suas operações.
O investimento dos EUA na China cresceu ligeiramente em 2019 para 14 bilhões de dólares, com os fluxos bidirecionais em geral achatando após grandes quedas nos dois anos anteriores. O investimento chinês nos EUA caiu para 5 bilhões de dólares naquele ano, ante 5,4 bilhões de dólares no ano anterior, segundo o relatório.
(Reportagem de Gabriel Crossley)
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