Governo e BC do Japão sinalizam mais medidas para aliviar tensões de financiamento
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão fará "o que for possível" para mitigar as crescentes consequências da pandemia de coronavírus, disse seu presidente, Haruhiko Kuroda, nesta terça-feira, alertando que o colapso da atividade global teve graves consequências para a economia.
O governo também usará todas as ferramentas disponíveis para ajudar as fabricantes japonesas de automóveis e autopeças atingidas por interrupções na cadeia de suprimentos, queda na demanda e paralisações nas fábricas causadas pela crise da saúde, disse seu principal porta-voz.
"A indústria está sofrendo profundamente com as lentas vendas nos EUA e na Europa e a suspensão da produção doméstica", disse o secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, a jornalistas nesta terça-feira.
"Vamos implantar todos os meios para ajudar no acesso a financiamento", como por meio de ajuda financeira e pagamentos, disse ele.
Em um depoimento semestral ao Parlamento, Kuroda disse que a economia do Japão está em "um estado cada vez mais severo", à medida que a pandemia paralisa a atividade global.
O Banco do Japão tem várias ferramentas à sua disposição para aumentar os estímulos, como acelerar a impressão de dinheiro, aumentar as ferramentas de operação do mercado e reduzir os juros, disse ele.
Kuroda descartou a possibilidade de adicionar títulos municipais à lista de ativos que o banco central compra, no entanto, dizendo que não vê necessidade de fazê-lo por enquanto.
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