Empresário é preso no Rio em caso de fraude na venda de respiradores para combater coronavírus
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Mais um suspeito de participar de um grupo que teria fraudado compras de insumos e respiradores feitas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro para o enfrentamento à pandemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, foi preso nesta quarta-feira, informou o Ministério Público do Estado.
O suspeito, o empresário Maurício Fontoura, era sócio de uma empresa contratada em caráter emergencial pela Secretaria Estadual de Saúde para fornecer equipamentos e respiradores.
Os contratos milionários têm indícios de superfaturamento, segundo os órgãos de controle do Estado. Além disso, dos 400 respiradores que a empresa de Fontoura se comprometeu a entregar, pouco mais de 50 foram efetivamente fornecidos e nenhum estava funcionando.
Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido nesta quarta na cidade de Piraí, no interior do Estado, reduto de um outro preso na operação que investiga o caso na semana passada, o ex-subsecretário-executivo de Saúde do Estado Gabriell Neves, que era o responsável pelas compras emergenciais sem licitação feitas pelo Estado.
Na semana passada, além de Gabriell, mais três pessoas foram presas, entres elas o substituto dele no cargo, Gustavo Borges. Os dois foram exonerados.
O secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos, pediu desculpas à população.
"As compras para o enfrentamento à pandemia eu sabia, mas os pormenores conduzidos pelos subsecretários, isso não era do meu conhecimento, porque é humanamente impossível que o secretário acompanhe todos os processos", disse ele a jornalistas na noite de terça-feira.
A empresa de Fontoura foi procurada, mas nenhum representante foi encontrado para comentar a prisão do empresário.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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