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MP investiga supostos funcionários fantasmas de gabiente de Carlos Bolsonaro

14/08/2020 19h41

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, está sendo investigado por supostamente empregar funcionários fantasmas no gabinete dele na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, informou o Ministério Público fluminense.

As investigações estão a cargo do mesmo grupo que apura a suposta prática de rachadinha no gabinete do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro, outro filho do presidente.

O MP não revelou o número de supostos assessores fantasmas e informou que as investigações não têm prazo para terminar.

Carlos Bolsonaro foi eleito vereador pela primeira vez com 17 anos e as investigações retroagem desde o primeiro mandato.

“O Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) confirma que as investigações sobre o vereador Carlos Bolsonaro estão com o grupo, porém, está mantido o sigilo das investigações, o que impede de serem fornecidas outras informações“, informou o MP do Rio.

Carlos tem atuado informalmente na área de comunicação do governo federal e já revelou que não pretende se candidatar novamente esse ano para se dedicar no apoio ao pai em Brasília.

No Twitter, o vereador disse que se trata de matéria velha e que está "muito tranquilo".

"Procedimento que corre em SEGREDO DE JUSTIÇA misteriosamente vazado. Mais uma matéria requentada repleta de desinformações, ilações e relativa há quase 2 décadas. Muito tranquilo e os esclarecimentos sendo prestados à justiça e não a estes cujo objetivo todos sabem qual é!", disse, citando matéria de um site.

A defesa de Carlos disse que está apresentando justificativas e comprovantes das pessoas que trabalharam no gabinete do vereador.

“Em razão do sigilo decretado no procedimento, as informações necessárias para comprovar as tarefas desempenhadas pelos funcionários desde 2001 estão sendo apresentadas ao MP, que inclusive já foi comunicado que o parlamentar está à disposição e empenhado em esclarecer os fatos”, afirmou em nota a defesa do vereador.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)