Empresa brasileira desenvolve saco de lixo que alega matar o coronavírus
Por Peter Frontini e Leonardo Benassatto
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa brasileira Embalixo desenvolveu uma tecnologia aplicada em sacos plásticos que afirma ser capaz de criar uma "armadilha" para o coronavírus e, assim, impedir a transmissão da doença por meio do contato com os sacos de lixo.
Segundo a fabricante, o chamado Embalixo Antivírus é uma sacola plástica produzida com uma tecnologia que atrai e inativa 99,999% do coronavírus, agindo na estrutura genética do vírus ao quebrar suas proteínas e gorduras, o que impede que contamine células humanas.
"Dessa forma, a contaminação cruzada entre a embalagem e o usuário é eliminada, evitando que o saco para lixo atue como um agente transmissor do vírus", explicou Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo, acrescentando que o efeito antiviral das sacolas é permanente, sendo conservado durante todo o tempo de vida do produto.
Além do uso em processos de higienização, a sacola pode ser utilizada para guardar roupas e calçados após chegar em casa ou transportar compras de mercado de maneira mais segura, afirmou Costa. A empresa também recebeu solicitações para testes em aeronaves, segundo ele.
A sacola foi desenvolvida após cerca de cinco meses de pesquisas feitas pela própria empresa e teve sua eficácia comprovada por meio de testes virucidas realizados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A Embalixo, que também alega ter desenvolvido o primeiro saco de lixo vegano do mundo, alertou que o uso de seu produto não elimina a necessidade de cuidados de higienização frequente, segundo as instruções de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pandemia de Covid-19 já deixou quase 127 mil mortos no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, com mais de 4,1 milhões de infectados no país.
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