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Furacão interrompe um quarto da produção de petróleo e gás dos EUA

Furacão Sally chegou à costa do estado norte-americano do Misssissipi - CHANDAN KHANNA/AFP
Furacão Sally chegou à costa do estado norte-americano do Misssissipi Imagem: CHANDAN KHANNA/AFP

Erwin Seba

Em Houston (EUA)

15/09/2020 16h50

Mais de um quarto da produção "offshore" de petróleo e gás dos Estados Unidos foi interrompida e portos fundamentais para as exportações do país foram fechados hoje, diante da chegada do furacão Sally à Costa do Golfo norte-americano, inundando cidades costeiras e levando fortes chuvas a diversos Estados.

Na tarde de hoje, o Sally se enfraquecia em um furacão de categoria 1, com ventos contínuos de 128 quilômetros por hora em áreas marítimas. Mas o fenômeno deve causar graves inundações do Mississippi à Flórida amanhã, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA.

A trajetória da tempestade envolve as principais áreas de produção "offshore" dos EUA, com movimentos em direção ao oeste do Alabama, mas poupa algumas refinarias de grande porte da Costa do Golfo dos ventos poderosos.

A petroleira Shell disse que fechou sua plataforma de petróleo de Appomattox, a cerca de 80 milhas da costa da Louisiana, juntando-se às gigantes BP , Chevron e Equinor na interrupção de instalações menos de um mês depois de o furacão Laura causar o corte temporário de oferta de até 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na região.

Quase 500 mil bpd de produção de petróleo e 28% da produção de gás natural foram interrompidas na parcela norte-americana do Golfo do México, segundo o Departamento de Interior dos EUA.

Refinarias da região também desaceleraram operações. A Phillips 66 fechou sua refinaria de Alliance, que processa 255.600 bpd, enquanto a Shell reduziu a produção a níveis mínimos em sua unidade de Norco, na Louisiana, que refina 227.400 bpd.

Os contratos futuros do petróleo norte-americano avançaram quase 3% hoje, enquanto os futuros da gasolina tiveram alta de 2,2%, na esteira das interrupções.