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Shell cortará até 9 mil empregos em transição para baixo carbono

Logo da Shell em um posto em Londres - Toby Melville
Logo da Shell em um posto em Londres Imagem: Toby Melville

30/09/2020 09h20

A petroleira Shell anunciou hoje planos para cortar até 9 mil empregos, ou mais de 10% de sua força de trabalho, como parte de uma grande reestruturação que visa uma transição da gigante de óleo e gás para energias de baixo carbono.

A Royal Dutch Shell, que tinha 83 mil empregados ao final de 2019, disse que a reorganização levará a economias adicionais de entre 2 bilhões e 2,5 bilhões de dólares até 2022, indo além de cortes de 3 bilhões a 4 bilhões anunciados mais cedo neste ano.

No mês passado a empresa lançou uma ampla revisão de seus negócios para cortar custos e se preparar para a reestruturação das operações como parte da transição para energias de baixo carbono.

A companhia anglo-holandesa disse que espera cortar de 7 mil a 9 mil empregos até o final de 2022, incluindo 1,5 mil que aceitaram planos de desligamento voluntário neste ano.

A rival BP anunciou neste ano planos para cortar cerca de 10 mil empregos como parte de iniciativa do CEO Bernard Looney de expandir rapidamente os negócios de renováveis e reduzir a produção de óleo e gás.

A redução de custos é vital para os planos da Shell de mudança para o setor elétrico e renováveis, onde as margens são relativamente menores.

A competição ainda deve ficar mais intensa, com elétricas e petrolíferas incluindo BP e Total disputando participação no mercado de renováveis enquanto economias ao redor do mundo apostam em energia verde.

"Nós olhamos de perto como estávamos organizados e sentimos que, em muitos lugares, tínhamos níveis demais na companhia", disse o CEO Ben van Beurden em publicação interna no site da Shell.

Em uma atualização sobre suas operações, a Shell também disse que sua produção de petróleo e gás deve cair drasticamente no terceiro trimestre, para cerca de 3,04 milhões de barris de óleo equivalente por dia, devido à menor produção como resultado da pandemia de coronavírus e furacões que forçaram plataformas offshore a suspender produção.