Bolsas dos EUA fecham em baixa após Trump testar positivo para coronavírus
NOVA YORK (Reuters) - As ações dos Estados Unido fecharam em baixa hoje, quando a notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, testou positivo para covid-19 colocou investidores em modo aversão a risco e aumentou as crescentes incertezas em torno da iminente eleição.
O índice Dow Jones caiu 0,48%, para 27.682,81 pontos, o S&P 500 perdeu 0,96%, para 3.348,44 pontos, e o Nasdaq caiu 2,22%, para 11.075,02 pontos.
As ações de tecnologia pesaram mais nos índices, mas as perdas do Dow Jones foram mitigadas por ganhos em ações sensíveis aos ciclos econômicos.
Apesar da queda desta sexta-feira, o S&P e o Nasdaq ganharam 1,5% na semana, enquanto o Dow encerrou a sessão 1,9% acima do fechamento da última sexta-feira.
Trump escreveu no Twitter na noite de quinta-feira que havia contraído o coronavírus e seria colocado em quarentena, aumentando as incógnitas para um já volátil mercado.
Mas as ações reduziram as perdas depois que a Casa Branca deu garantias de que Trump, apesar de apresentar sintomas leves, não está incapacitado.
"Isso injeta mais incerteza no resultado da eleição", disse Roberto Perli, chefe de pesquisa de política global da Cornerstone Macro, em Washington. "Minha leitura é que os mercados têm ultimamente demonstrado uma aversão principalmente à incerteza, não tanto à vitória de um ou outro candidato."
As ações também receberam um breve impulso após o anúncio da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, de que um acordo para fornecer mais 25 bilhões de dólares em assistência governamental para a indústria aérea era "iminente".
"Os mercados também estão prestando atenção à probabilidade de que outro pacote de estímulo seja aprovado em breve", acrescentou Perli. "Se isso acontecer, poderá compensar, pelo menos em parte, a incerteza gerada pelas notícias do Covid."
Os democratas da Câmara aprovaram um pacote de ajuda fiscal de 2,2 trilhões de dólares na quinta-feira, mas é improvável que o projeto passe pelo Senado, controlado pelos republicanos.
As disputas partidárias sobre o tamanho e os detalhes de uma nova rodada de estímulo estagnaram, mais de dois meses depois que os benefícios emergenciais de desemprego expiraram para milhões de norte-americanos.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a recuperação do mercado de trabalho pode estar perdendo fôlego. A economia dos EUA criou 661 mil empregos em setembro, menos do que o esperado e a menor abertura de vagas desde a recuperação começou, em maio.
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