Tesouro dos EUA defenderá estímulos e participação da China em alívio da dívida em reunião do FMI
WASHINGTON (Reuters) - O Tesouro norte-americano vai pressionar os países a manterem o estímulo em resposta ao coronavírus durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial na semana que vem e apelará à China para que participe plenamente do alívio da dívida aos países pobres, disse uma autoridade sênior do Tesouro.
Em uma entrevista por vídeo gravada na terça-feira e publicada nesta sexta, o subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, Brent McIntosh, disse que uma forte recuperação econômica da pandemia de Covid-19 dependerá do apoio contínuo das políticas monetárias.
"Não podemos declarar vitória neste momento, precisamos continuar pressionando por medidas de resposta", disse McIntosh a Mark Sobel, presidente norte-americano do Conselho de Instituições Financeiras e Monetárias, um instituto de pesquisa com sede em Londres. "Portanto, acho que nossa primeira mensagem nas reuniões será de que os países precisam não retirar o apoio prematuramente."
McIntosh disse na entrevista de terça-feira que espera que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, possam chegar a um acordo sobre um novo pacote de ajuda em resposta ao coronavírus. No mesmo dia, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que seu governo estava se retirando das negociações, mas as discussões já foram retomadas.
McIntosh disse que pedirá às autoridades chinesas um "cumprimento total, fiel e transparente" do congelamento por parte do G20 do pagamento da dívida bilateral oficial dos países mais pobres do mundo, medida implementada no início deste ano.
"A China é o maior credor bilateral aqui. Portanto, o que precisamos ver dos credores bilaterais oficiais é transparência, não impondo acordos de sigilo, não usando financiamento colateralizado."
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