Hygo Energy nomeia novo presidente e cancela acordo com a Alunorte
Por Sabrina Valle e Arunima Kumar
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Hygo Energy Transition Ltd, uma joint venture entre a Golar LNG e a empresa de private equity norte-americana Stonepeak Infrastructure Partners, nomeou Paul Hanrahan como CEO depois que seu antecessor, Eduardo Antonello, deixou o cargo após ter seu nome citado em investigações da Lava Jato.
A Golar fez o anúncio nesta segunda-feira como parte de esforços para blindar a empresa, que busca expandir o uso de gás natural liquefeito (GNL) no Brasil, das investigações ligadas ao executivo.
Em uma fase recente da Lava Jato, duas testemunhas disseram que o ex-CEO da Hygo integrava um esquema de propinas em 2011 quando trabalhava na Seadrill Ltd, uma alegação que Antonello negou por meio de seu advogado. A investigação está em fase inicial e não há acusados.
Um representante de Antonello, que renunciou em 29 de setembro e mora em Londres, disse que os mandados de busca foram obtidos com base em falso testemunho dado para garantir um acordo judicial.
A polícia executou 31 mandados de busca e apreensão em setembro, horas antes da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Hygo em Nova York, que foi temporariamente suspensa. Os mandados de busca incluíram escritórios ligados à Seadrill, Golar e Antonello.
A Golar, listada nos EUA, não comentou nesta segunda-feira sobre o futuro dos planos de IPO. As ações da Golar caíram 5,1% nas negociações do Nasdaq no início da tarde.
A Golar também disse nesta segunda-feira que a Hygo e a Norsk Hydro concordaram mutuamente em rescindir um memorando de entendimento de julho para a Hygo fornecer GNL para a refinaria de alumínio da Alunorte no Brasil.
A rescisão não mudará os planos da Golar de construir um terminal de importação de GNL em Barcarena, na região Norte, com a construção prevista para começar em breve. A Golar aposta no gás super-resfriado como substituto para o diesel, óleo combustível e GLP no Brasil.
A fase atual da investigação Lava Jato concentra-se em contratos no valor de 2,7 bilhões de dólares assinados entre a Petrobras e o grupo Sapura Energy Bhd da Malásia em 2011.
A filial da Sapura no Brasil foi formada em 2011 como uma joint venture entre a empresa de plataforma de petróleo offshore Seadrill e a Sapura Energy.
Antonello trabalhava para a Seadrill na época da formação da joint venture Sapura e foi responsável por estabelecer as operações brasileiras da empresa.
(Reportagem de Sabrina Valle no Rio de Janeiro e Arunima Kumar em Bangalore)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.