André do Rap entra em listas de procurados da Interpol e do Ministério da Justiça
Condenado por tráfico de drogas, André de Oliveira Macedo, o André do Rap, entrou para a lista de procurados da Interpol e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informaram hoje o governo federal e a Polícia Federal.
O pedido de incluir o traficante na lista da Interpol foi feito pela PF ontem e efetivada nesta terça, segundo a corporação. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também colocou em sua lista André do Rap, apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Desde domingo, a polícia do Estado de São Paulo procura André do Rap. A operação foi lançada depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, suspendeu no sábado decisão do também ministro do Supremo Marco Aurélio Mello que determinou a soltura de Macedo.
Marco Aurélio havia concedido habeas corpus para Macedo sob argumento de que o período que ele estava preso sem condenação definitiva excedia o permitido por lei.
Macedo foi condenado duas vezes em segunda instância por tráfico internacional de drogas e teve prisão preventiva decretada em 2014. No entanto, ficou foragido por cinco anos até ser preso no ano passado em uma operação policial que o encontrou vivendo em uma mansão em Angra dos Reis.
A decisão de soltá-lo gerou uma série de críticas, entre elas do governador paulista, João Doria (PSDB). Na quarta-feira, o Supremo vai apreciar em plenário o caso de André do Rap.
Na tarde desta terça, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão anterior que condenou André do Rap à pena de 15 anos, 6 meses e 20 dias pelo crime de tráfico internacional de drogas, informou o tribunal.
No julgamento do STJ, a Sexta Turma entendeu que não seria possível analisar o mérito do recurso do réu, em linha com o entendimento do tribunal.
Ao lado de outros réus, André do Rap foi investigado e denunciado no âmbito da Operação Oversea, deflagrada pela Polícia Federal em 2014.
A acusação feita pelo Ministério Público Federal (MPF) dizia que a organização criminosa integrada pelo traficante se especializou no envio de drogas para o exterior —principalmente para a Europa— a partir do Porto de Santos (SP), com a utilização de contêineres.
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