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Opep volta a cortar previsão de demanda por petróleo em 2021 por avanço da Covid

13/10/2020 09h57

LONDRES (Reuters) - A demanda mundial por petróleo terá recuperação mais lenta em 2021 do que se pensava anteriormente devido ao aumento dos casos de coronavírus, disse a Opep nesta terça-feira, em mais um sinal das dificuldades enfrentadas pelo grupo e seus aliados enquanto buscam reequilibrar o mercado.

A demanda deve aumentar em 6,54 milhões de barris por dia (bpd) no próximo ano, para 96,84 milhões de bpd, disse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo em relatório mensal. A previsão de crescimento é quase 80.000 bpd inferior à divulgada um mês atrás.

Os preços do petróleo despencaram à medida que a crise do coronavírus reduziu viagens e restringiu a atividade econômica. Embora no terceiro trimestre uma flexibilização de medidas restritivas tenha permitido uma recuperação da demanda, a Opep vê o ritmo de melhoria econômica desacelerando novamente.

"Embora a recuperação do 3T20 em algumas economias tenha sido impressionante, a tendência de curto prazo permanece frágil, em meio a uma variedade de incertezas em curso, especialmente a trajetória de curto prazo da Covid-19", disse a Opep sobre as perspectivas econômicas.

"Como essa incerteza se torna grande, em meio a um forte aumento global de infecções, não se espera que a recuperação considerável do 3T20 continue no 4T20 e em 2021."

A Opep tem reduzido constantemente sua previsão de crescimento da demanda de petróleo em 2021 desde uma projeção de 7 milhões de bpd inicialmente apresentada em julho.

O grupo também cortou sua estimativa da demanda mundial de petróleo no atual trimestre em 220.000 bpd.

Para este ano, a projeção é de que a demanda por petróleo deve ter uma contração histórica de 9,47 milhões de bpd, segundo a Opep, que manteve inalterada previsão anterior.

A Opep também previu que a demanda por seu petróleo será 200.000 bpd menor do que o esperado antes no próximo ano, devendo atingir 27,93 milhões de bpd, devido à perspectiva de redução da demanda global.

(Reportagem de Alex Lawler)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7519)) REUTERS LC