Doria lança plano de recuperação econômica em SP com previsão de atrair R$36 bi em investimentos
Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira o lançamento de um plano de retomada econômica com a previsão de investimentos de 36 bilhões de reais nos dois próximos anos e estimativa de geração de 2 milhões de empregos em quatro anos.
Doria afirmou, em entrevista coletiva, que o plano de retomada econômica 2021-2022 visa atrair investimento privado nacional e estrangeiro em áreas de infraestrutura que envolvem linhas de trem, metrô, rodovias, aeroportos e hidrovias, entre outros setores.
"É o mais audacioso plano de desenvolvimento econômico já realizado em São Paulo", afirmou o governador.
Segundo apresentação do governo paulista, há 19 projetos em carteira para concessões e parcerias por meio do programa, sendo mais da metade relacionada a transporte e mobilidade, enquanto 33% representam investimentos em rodovias.
O principal ativo elencado pelo governo foi um trem intercidades que deve ligar São Paulo a Campinas, com projeção de demanda de 565 mil passageiros por dia e de investimentos de 1,4 bilhão de dólares.
O Estado pretende também atrair aportes para concessões das linhas 8 e 9 da CPTM, de rodovias no litoral paulista, de 22 aeroportos regionais, do Zoológico e Jardim Botânico e do complexo esportivo do Ibirapuera.
"Temos segurança que nós teremos um impulso grande agora, na saída desta crise da pandemia, na retomada da economia", disse o secretário da Fazenda paulista, Henrique Meirelles, durante a coletiva.
Meirelles acrescentou que o Estado prevê fomentar 14 polos de desenvolvimento econômico regional, com direcionamento e oferta de vantagens para empresas que se instalarem em determinados polos, mas não forneceu detalhes específicos.
"Já existem alguns exemplos aqui que aconteceram naturalmente, como a indústria automobilística no ABC, mas isso agora será feito de uma forma organizada, planejada e em larga escala", disse Meirelles.
Doria concluiu afirmando que o governo começará a apresentar o programa dentro de dez dias para investidores dos Estados Unidos, Canadá, Europa, Oriente Médio e Ásia, incluindo Coreia do Sul, Japão e China.
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