China joga dentro das regras, e Brasil tem leis que preservam indústria, diz Ibram
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A China, maior importador de produtos agropecuários, minerais e petróleo do Brasil, é um parceiro comercial que respeita as regras, e o país tem leis capazes de preservar a indústria brasileira se necessário, defenderam representantes da indústria de mineração nacional em relação ao principal cliente do setor.
As declarações, em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira, foram feitas após pergunta sobre comentários de autoridades norte-americanas, que exortaram o Brasil a monitorar cuidadosamente os investimentos chineses no país, em meio a movimentos de Pequim para expandir sua influência na maior economia da América Latina com a venda de tecnologia 5G pela Huawei Technologies.
"A China é um player mundial, você viu a importância na importação de produtos minerais brasileiros, como também na importação de outros produtos. A China tem jogado as regras do mercado, e certamente o governo brasileiro e as leis brasileiras têm seus dispositivos de proteção para que seja preservada a indústria nacional dentro da lei, dentro da ordem, e se permitam aqueles investimentos que sejam possíveis de serem feitos dentro deste contexto", afirmou o diretor presidente do Ibram, Flávio Ottoni Penido.
O comentário de Penido foi seguido pelo do presidente do conselho deliberativo do Ibram, Wilson Brumer.
"Não é só a mineração que vê na China um país importante, a China é uma grande importadora de produtos agrícolas", acrescentou, minimizando preocupações levantadas pelas autoridades dos EUA.
Na mineração, a China tem forte presença na importação de quase todos os minérios do Brasil, como ferro, cobre, nióbio, manganês e bauxita, disse Brumer.
No terceiro trimestre, o faturamento da indústria de mineração no Brasil somou 50,7 bilhões de reais no terceiro trimestre, aumento de quase 30% sobre o trimestre anterior, favorecido pelo câmbio e pelos preços maiores das commodities, demandadas fortemente pelos chineses.
"Continuamos vendo a China de forma bastante sólida em termos de consumo, a Europa ainda tem alguns problemas, tem outro possível cenário relacionado à Covid-19, mas a China e outros países da Ásia são os principais importadores dos nossos produtos", afirmou Brumer.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.