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Demanda por petróleo não deve ter impulso com vacina antes de meados de 2021, diz IEA

12/11/2020 09h16

LONDRES (Reuters) - A demanda global por petróleo não deve ter um impulso significativo a partir do desenvolvimento de vacinas contra Covid-19 antes de meados de 2021, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, em uma visão que deve pesar sobre os preços da commodity, que avançaram desde notícias sobre progresso na vacina nesta semana.

"Está muito longe para saber quando e como as vacinas permitirão a retomada da vida normal. Por enquanto, nossas projeções não antecipam um impacto significativo no primeiro semestre de 2021", disse a IEA em relatório mensal.

"As fracas perspectivas de demanda e a produção em alta em alguns países...sugerem que os fundamentos atuais são muito fracos para oferecer um apoio firme para os preços."

Embora destacando que países da OCDE reduziram modestamente seus estoques de petróleo por dois meses seguidos até setembro, a IEA afirmou que os níveis de armazenamento ainda não estão longe dos picos atingidos em maio, sob impacto da pandemia.

A agência citou a elevação dos casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e novas medidas de "lockdown" para revisar sua projeção para a demanda global por petróleo em 2020 em 400 mil barris por dia na comparação com sua estimativa anterior.

Os planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados como a Rússia para eventualmente reduzir seus cortes de oferta de petróleo podem também significar que muito petróleo ainda seguirá estocado.

"A menos que os fundamentos mudem, a tarefa de reequilibrar o mercado terá um progresso lento", disse a IEA.

(Por Noah Browning)