Líderes da Apec pedem comércio livre e aberto para impulsionar recuperação econômica
Por Joseph Sipalan e A. Ananthalakshmi
KUALA LUMPUR (Reuters) - Os líderes da região da Ásia-Pacífico deixaram de lado nesta sexta-feira suas diferenças sobre comércio e emitiram seu primeiro comunicado conjunto em três anos, pedindo um comércio livre e previsível para ajudar a apoiar a economia global, afetada pela pandemia de coronavírus.
Líderes das 21 nações que formam a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, também disseram que não recorreriam a políticas comerciais protecionistas.
A declaração conjunta, emitida após uma cúpula virtual organizada pela Malásia, surge em meio a tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China.
"O impacto da guerra comercial (EUA-China) foi eclipsado pela pandemia de Covid-19", disse o primeiro-ministro da Malásia, Muhyiddin Yassin, a repórteres após a reunião dos líderes.
"A Apec também se comprometeu a não retroceder e recorrer a medidas protecionistas, de forma a manter os mercados e as fronteiras abertas", afirmou.
No comunicado conjunto, os líderes disseram reconhecer "a importância de um ambiente de comércio e investimento livre, aberto, justo, não discriminatório, transparente e previsível" para impulsionar o crescimento durante a crise.
Os países da Apec não conseguiram chegar a um acordo em 2018, depois que as negociações foram atrapalhadas por desacordos sobre comércio e investimento entre os Estados Unidos e a China, e o encontro do ano passado no Chile foi cancelado devido a violentos protestos de rua.
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