EIG vende fatia no gasoduto Bolívia-Brasil; mira novos investimentos
Por Sabrina Valle e Gram Slattery
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A EIG Global Energy Partners fechou um acordo para a venda de sua participação de aproximadamente 27,5% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) para a companhia belga Fluxys, disse nesta terça-feira o CEO da norte-americana, sem revelar o valor do negócio.
A TBG, que tem a Petrobras como sócia majoritária, com 51% de participação, possui e opera o trecho brasileiro do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), uma malha de cerca de 2.600 km, incluindo a principal rede de transporte de gás natural no Sul do Brasil.
A venda da participação na TBG encerra um conflito regulatório que poderia impedir uma oferta da EIG pela fatia de 51% no mesmo ativo que a Petrobras planeja vender, disse à Reuters o CEO Blair Thomas, em uma entrevista por videoconferência.
"Trata-se de nos libertar para uma estratégia mais ampla", disse Thomas, acrescentando que a companhia deverá buscar outros investimentos no setor.
A operação de venda deve ser concluída em cerca de dois meses após o cumprimento das condições precedentes entre as partes, disse a EIG em um comunicado, destacando que irá atuar em cooperação estratégica com a Fluxys no mercado de infraestrutura de gás do Brasil.
O fundo específico que detinha a participação na TBG será fechado, disse Thomas.
O lado boliviano do gasoduto --operado pela Gas TransBoliviano S.A. (GTB)--, no qual a EIG tem uma participação de 38%, será eventualmente vendido também, disse ele, sem revelar mais detalhes.
Em nota, o CEO da Fluxys, Pascal De Buck, afirmou que será importante continuar o desenvolvimento da infraestrutura-chave da TBG, que é capaz de fornecer ao Brasil cerca de um terço de seu suprimento diário de gás natural.
"Nosso objetivo é trazer para o conselho da TBG nossa experiência industrial com infraestrutura de gás em ambientes regulados e apoiar o progresso da empresa por meio do conhecimento compartilhado", afirmou.
O Santander atuou como assessor financeiro da EIG na transação, e Paul Hastings e Stocche Forbes foram assessores legais da EIG. O Citi atuou como assessor financeiro da Fluxys, que teve a Linklaters e o escritório Mattos Filho como assessores legais.
(Com reportagem adicional de Marta Nogueira)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.