Em resposta a ministério, Butantan diz ser praxe que parte de vacinas permaneça em SP
(Reuters) - O Instituto Butantan disse nesta sexta-feira, em resposta a solicitação do Ministério da Saúde para a entrega imediata de 6 milhões de doses da CoronaVac, que é praxe parte das vacinas do instituto destinadas ao programa nacional de imunização permanecer em São Paulo para a vacinação no Estado.
"O Instituto Butantan esclarece que recebeu o ofício do Ministério da Saúde e já enviou resposta perguntando à pasta federal qual quantitativo será destinado ao Estado de São Paulo", disse o Butantan em nota.
"Para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, Estado mais populoso do Brasil".
Mais cedo, o Ministério da Saúde solicitou ao Butantan a "entrega imediata" das 6 milhões de doses da CoronaVac que foram importadas da China e são objeto do pedido de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em ofício encaminhado ao diretor-presidente do instituto paulista, Dimas Covas.
"Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este Ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os Estados da Federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19", diz o documento.
A questão é controversa porque o governo de São Paulo quer reservar uma parte das doses importadas da CoronaVac para iniciar a vacinação da população do Estado depois que a Anvisa conceder a aprovação, o que está previsto para ocorrer no domingo. O governo federal, no entanto, pretende receber a totalidade das doses e depois fazer a distribuição equivalente para todos os Estados.
A requisição ao Butantan foi feita mediante atraso na chegada da outra vacina esperada pelo Ministério da Saúde para a imunização da população contra a Covid-19, a Oxford-AstraZeneca, que será importada da Índia.
O presidente Jair Bolsonaro admitiu, em entrevista à TV Band, que não será possível a partida nesta sexta-feira de um voo do Brasil para a Índia a fim de buscar um lote de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca-Oxford, como estava previsto, e que um voo oficial deve partir em até 3 dias para pegar o imunizante.
Bolsonaro justificou o atraso no voo pelo fato de que a Índia estar iniciando a sua própria vacinação.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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