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Estímulos fiscais sem contrapartida podem gerar efeito contracionista, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Isabel Versiani e Gabriel Ponte

26/01/2021 19h36

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou nesta terça-feira que, caso o país opte por adotar medidas de estímulo à economia sem contrapartidas que amorteçam o impacto fiscal, pode acabar gerando um efeito contracionista.

Em evento virtual do banco Credit Suisse, Campos Neto ressaltou que, por causa do desequilíbrio das contas públicas, um aumento dos gastos gera elevação dos prêmios de risco no país.

"Os movimentos dos mercados recentes nos transmitem a mensagem de que nós passamos desse ponto de inflexão, que fazer novos gastos fiscais sem uma clara contrapartida não vai ter efeito expansionista mesmo que eu queira", disse Campos Neto.

"Eu posso fazer até um gasto fiscal e ter um efeito contracionista na economia", acrescentou.