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Boeing registra prejuízo anual recorde de quase US$ 12 bilhões

27/01/2021 11h14

A Boeing divulgou nesta quarta-feira um prejuízo anual recorde de quase US$ 12 bilhões, em meio a novo adiamento de seu jato 777X, o que resultou em um efeito negativo de 6,5 bilhões de dólares no resultado.

A crise do coronavírus exacerbou a queda na demanda pelas maiores aeronaves da indústria, com companhias aéreas evitando receber os aviões encomendados devido a restrições de viagens internacionais, prejudicando o fluxo de caixa da fabricante de aeronaves dos EUA.

A Boeing disse que espera que o 777X, uma versão maior do 777 mini-jumbo, entre em serviço no final de 2023, atrasando o lançamento do jato pela terceira vez e registrando uma baixa de 6,5 bilhões de dólares antes de impostos.

A empresa estava desenvolvendo o jato com a meta de lançá-lo em 2022, já dois anos depois do planejado inicialmente.

Uma queda histórica na quantidade de viagens aéreas também prejudicou os envios dos 787 Dreamliners da Boeing para as companhias aéreas, fazendo com que a empresa acumulasse dezenas de aeronaves, pesando ainda mais sobre a Boeing, que já tem um estoque armazenado de cerca de 450 jatos 737 MAX.

A Boeing disse que espera retomar os envios de seus 787 Dreamliners em 2021, quando as viagens aéreas se recuperarem.As entregas dos modelos 787 caíram quase 70% para 53 aviões em 2020 e não se espera que se recuperem aos níveis de 2019 até pelo menos 2024, de acordo com analistas.

A Boeing também disse que entregou 13 aviões 737 MAX adicionais em janeiro, de seu estoque, somando-se às 27 aeronaves que enviou em dezembro depois que os EUA liberaram o jato para voar novamente após uma suspensão de 20 meses.

O prejuízo líquido da empresa aumentou para 8,44 bilhões de dólares no quarto trimestre, de 1,01 bilhão um ano antes, levando o prejuízo do ano inteiro para um recorde de 11,94 bilhões de dólares. A receita caiu 15%, para 15,30 bilhões de dólares no trimestre encerrado em dezembro.