Após 7 anos, Lava Jato de Curitiba é dissolvida e integrará grupo do MPF
A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) da operação Lava Jato em Curitiba foi dissolvida oficialmente no dia 1º fevereiro e passará a integrar um grupo especial de combate ao crime organizado, informou o MPF em comunicado nesta quarta-feira.
A decisão ocorre após quase sete anos de trabalho da força-tarefa que, a partir de investigações e prisões de autoridades e personalidades, mudaram o establishment político e empresarial brasileiro.
O grupo ficou conhecido internacionalmente pelo combate à corrupção no país, mas nos últimos anos passou a ter métodos de investigação e decisões questionados judicialmente e politicamente. Ao mesmo tempo, investigados pela operação de outrora começaram e voltaram a ocupar cargos de relevo.
Pelo balanço divulgado, a força-tarefa deflagrou 79 fases desde março de 2014, cumprindo 132 prisões preventivas e 163 temporárias, além de ter gerado 278 condenações. Ao todo, mais de 4,3 bilhões de reais já foram devolvidos por meio de 209 acordos de colaboração e 17 acordos de leniência, nos quais se ajustou a devolução de quase 15 bilhões de reais.
"O legado da força-tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade", afirmou Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco, no comunicado.
O político mais importante condenado pela Lava Jato foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a figura mais proeminente da operação foi o ex-juiz Sergio Moro, que chegou a ser ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro.
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