Ibovespa fecha em alta, mas sem euforia antes de Copom e Fed
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, após sessão sem oscilações bruscas e marcada pelo vencimento de opções sobre ações, com agentes financeiros na expectativa de decisões de política monetária no Brasil e nos EUA nesta semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,6%, a 114.850,74 pontos, tendo alcançado 113.634,95 pontos na mínima e 114.903,23 pontos na máxima.
A performance positiva vem após o Ibovespa acumular declínio na semana passada, em meio a uma reviravolta política no Brasil, mas algum avanço fiscal, com a aprovação da PEC Emergencial pela Câmara dos Deputados, mesmo desidratada.
O volume financeiro somou 44,8 bilhões de reais, beneficiado pelo exercício de opções sobre ações, units e cotas de ETF que movimentou 17,5 bilhões de reais. Excluído esse montante, volume teria ficado bem abaixo da média em março, de 42,5 bilhões.
A partir desta segunda-feira, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos, o mercado à vista de ações brasileiro começou a fechar uma hora antes, às 17h, o que pode também explicar o menor montante negociado.
Na visão do chefe de renda variável e sócio da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga, investidores aguardam a "super quarta", quando, além de Brasil e Estados Unidos, também o Banco da Inglaterra anuncia decisão sobre política monetária.
"Na quarta-feira, sim, deve haver muita movimentação", afirmou, avaliando que o dia foi "bastante estável."
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pode elevar da taxa básica de juros pela primeira vez desde julho de 2015, conforme pesquisa Reuters. (http://bit.ly/3trHMtz)
Antes da decisão do Copom, porém, prevista para após o fechamento da bolsa, o foco deve ficar no anúncio do Federal Reserve, previsto para 15h, acompanhado de projeções econômicas do banco central norte-americano.
À espera do Fed, Wall Street também teve uma sessão relativamente comportada, embora para o S&P 500 fechar com novo recorde.
Um grande desafio para o Ibovespa em março, na visão do analista Rafael Ribeiro da Clear, será o rompimento a faixa de 116 mil pontos, para reverter o viés de baixa do curtíssimo prazo e abrir caminho para os 120 mil pontos.
DESTAQUES
- COPEL PNB saltou 7,30%, com o setor elétrico entre os melhores desempenhos, em meio a expectativas de menor participação estatal em algumas empresas. ELETROBRAS ON, que divulga balanço nesta segunda, subiu 3,52%.
- GOL PN valorizou-se 5,66% e AZUL PN fechou em alta de 4,16%, seguindo o movimento de aéreas no exterior, enquanto o IBC-Br mostrou crescimento acima da esperado na atividade econômica no país no primeiro mês do ano.
- VIA VAREJO ON e B2W ON subiram 3,73% e 2,99%, respectivamente, enquanto MAGAZINE LUIZA ON recuou 3,46%.
- PETROBRAS PN fechou em alta de 2,07%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior. O BofA elevou a recomendação das ações para 'neutra', bem como o preço-alvo para 30 reais, de 29 reais.
- BRADESCO PN subiu 1,4%, com bancos sem um sinal único no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN avançando 1,18%, mas BANCO DO BRASIL ON fechando em baixa de 0,7%.
- VALE ON caiu 0,6%, com os futuros do minério de ferro na China chegando a cair mais de 6% nesta segunda-feira, após Tangshan se comprometer com cortes de emissões de 50% durante o período de maior poluição.
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