XP Investimentos prepara criação de comercializadora de energia elétrica
A corretora XP Investimentos tem preparado a criação de uma unidade de comercialização de energia elétrica, de olho na entrada em um segmento que tem crescido rapidamente no Brasil nos últimos anos e passou a atrair cada vez mais atenção de investidores do setor financeiro.
O movimento veio a público por meio do site da XP, que divulgou vagas em busca de profissionais para "montar uma das melhores comercializadoras de energia do Brasil", segundo anúncios vistos pela Reuters.
As comercializadoras atuam no mercado livre de eletricidade, onde grandes clientes como indústrias podem negociar diretamente contratos de suprimento e preços, em acordos com geradores ou com essas "tradings" de energia.
Atualmente, existem mais de 400 companhias de comercialização de energia ativas no mercado, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), incluindo unidades dos bancos BTG Pactual, Santander Brasil, Itaú Unibanco, ABC Brasil, Daycoval e o australiano Macquarie.
As vagas abertas pela XP para sua futura unidade de comercialização são para chefes das áreas de backoffice e de estudos, middle office e regulatório.
"Assim como o Grupo XP já está transformando o mercado financeiro para melhorar a vida de milhões de brasileiros, nossas ambições para o mercado livre de energia são proporcionais. Sonho grande de verdade", afirmou a empresa nas publicações, disponíveis em seu site.
Não ficou imediatamente claro quando a comercializadora da XP poderia começar a operar.
"Somos uma empresa em construção, então aqui o aprendizado é constante, você terá pista livre para criar e muitos desafios", apontou a XP nos anúncios.
Procurada, a XP não respondeu de imediato a um pedido de comentários sobre as divulgações em seu site.
O flerte da corretora de investimentos com a comercialização ocorre em momento em que, além de atrair bancos, o setor tem visto também comercializadoras buscando levantar recursos em operações no mercado financeiro.
A Focus Energia, por exemplo, estreou na bolsa em fevereiro com uma oferta inicial de ações (IPO) que movimentou 765 milhões de reais e deverá financiar a construção de usinas solares para vender a produção de energia renovável a clientes.
Já a Comerc Energia anunciou nos últimos dias negócio com um fundo da gestora Perfin, que comprou uma fatia minoritária de 20% na empresa por um investimento de 200 milhões de reais.
Os negócios no mercado livre têm sido impulsionados também pelas perspectivas de uma reforma regulatória apoiada pelo governo do presidente Bolsonaro que poderia, se aprovada, abrir esse segmento para todos os consumidores no futuro, incluindo residenciais.
Atualmente, podem atuar no mercado livre empresas que têm gastos com energia superiores a 40 mil reais, em média, segundo estimativas de empresas do setor.
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