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Preços ao consumidor nos EUA têm maior alta em 8 anos e meio em março

13/04/2021 09h42

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tiveram a maior alta em mais de oito anos uma vez que o aumento das vacinações e o forte estímulo fiscal liberaram a demanda reprimida, desencadeando o que a maioria dos economistas espera ser um rápido período de inflação mais alta.

O relatório do Departamento do Trabalho também mostrou nesta terça-feira aceleração no núcleo da inflação no mês passado, uma vez que a forte demanda deu de frente com restrições sobre a oferta.

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e muitos economistas veem o aumento da inflação como transitório, com expectativa de que as cadeias de oferta se adaptem e se tornem mais eficientes.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado, maior alta desde agosto de 2012, depois de alta de 0,4% em fevereiro.

O preço da gasolina subiu 9,1%, respondendo por quase metade do índice do mês passado, depois de alta de 6,4% em fevereiro. Os preços dos alimentos subiram 0,1% no mês passado. O custo da alimentação dentro e fora de casa também subiu 0,1%.

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,5% do índice. No acumulado de 12 meses até março, o índice apresentou alta de 2,6%. Foi a maior leitura desde agosto de 2018 e seguiu um aumento de 1,7% em fevereiro. O salto refletiu principalmente a queda do cálculo das leituras da última primavera do Hemisfério Norte.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice teve alta de 0,3% após avanço de 0,1% em fevereiro. O maior ganho em sete meses no chamado núcleo da inflação foi impulsionado por um aumento nos aluguéis, custos mais altos de seguro de automóveis, bem como lazer e móveis domésticos mais caros. Mas os preços de vestuário caíram, assim como os custos relacionados à educação.

O núcleo do índice aumentou 1,6% na base anual, após alta de 1,3% em fevereiro. O Fed acompanha o índice PCE de inflação para sua meta de alta dos preços de 2%, uma média flexível. O núcleo do PCE principal está em 1,5%.