BRF e JBS têm aprovação da África do Sul para ampliar exportação de frango e suínos
Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - A BRF e a JBS, os dois maiores frigoríficos de aves e suínos do Brasil, tiveram novas unidades habilitadas pela África do Sul para exportação de carnes, informaram as companhias à Reuters nesta quarta-feira.
A BRF poderá embarcar carne de frango da planta de Lajeado (RS) e de suínos por Lucas do Rio Verde (MT) e, com isso, passa a ter 20 unidades habilitadas para exportar ao país africano, que é o quarto maior comprador da proteína de aves do Brasil e 14º de suínos, em ascensão.
A companhia destacou em comunicado que a unidade de Lucas do Rio Verde já era habilitada para embarcar frangos e agora terá mais uma opção de produto para venda.
Já a JBS teve as plantas da subsidiária Seara localizadas em São José (SC) e Santo Inácio (PR) aprovadas para o embarque de carne de frango. Agora, a companhia soma 28 habilitações para a África do Sul nas áreas de aves e suínos.
"Com cerca de 60 milhões de habitantes, a África do Sul apresenta a mais alta renda per capita em seu continente, sendo considerado um dos países de economia emergente", afirmou a BRF sobre o potencial econômico africano.
O gerente executivo de Relações Institucionais Internacionais da BRF, Luiz Tavares, disse em nota que as habilitações vão em linha com os planos da empresa de se fortalecer em mercados estratégicos.
"Consolidar nossa presença em uma das maiores economias do continente (africano) é fundamental para expandirmos e diversificarmos nosso portfólio globalmente", afirmou o executivo.
Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que somente no primeiro trimestre de 2021 o país embarcou 78,4 mil toneladas de carne de frango para a África do Sul, avanço de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com as vendas de aves, a receita acumulada entre janeiro e março somou 42,7 milhões de dólares, avanço de 42%.
No caso de suínos, o Brasil exportou apenas 1,8 mil toneladas ao país africano no trimestre, mas este volume representou um salto de 150% no comparativo anual. A receita subiu 189%, para 5,1 milhões de dólares, de acordo com a ABPA.
(Por Nayara Figueiredo)
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