Com início da cura pós-pandemia, zona do euro preocupa-se em como evitar cicatrizes
Por Jan Strupczewski
BRUXELAS (Reuters) - À medida que projeções apontam para um fortalecimento da recuperação, os ministros das Finanças da zona do euro discutirão, na sexta-feira, como garantir que a pandemia não deixe cicatrizes econômicas duradouras que podem fracionar a união monetária.
A preocupação é que a pandemia, que mergulhou o bloco em sua recessão mais profunda no ano passado, possa prejudicar as perspectivas de crescimento futuro, no que é classificado como cicatrizes - efeitos negativos de longo prazo sobre as pessoas e investimentos, e em alguns países de forma mais severa do que em outros.
Os ministros dos 19 países que utilizam o euro se reunirão pessoalmente pela primeira vez em mais de um ano nesta semana, conforme restrições de viagens em decorrência da pandemia são gradualmente suspensas, e reiterarão que apoiarão a economia pelo tempo necessário.
Mas com as campanhas de vacinação ganhando ritmo e as economias reabrindo, o foco dos governos deve mudar, afirmou a Comissão Europeia em comunicado preparado para as discussões.
"Uma vez que as condições permitirem, as autoridades públicas precisam migrar de um modo de emergência, que forneça estabilização macroeconômica, para um regime de recuperação", disse o documento.
Os ministros já se comprometeram a continuar a injetar recursos nas economias, com os limites de endividamento da União Europeia suspensos em 2022 pelo terceiro ano consecutivo.
A zona do euro também teme não repetir a experiência da crise financeira de uma década atrás, quando o investimento despencou em todos as praças inicialmente, mas depois recuperou-se em alguns países muito mais do que em outros, deixando uma divergência permanente no potencial econômico.
"O grande choque da Covid-19 corre o risco de amplificar esses padrões e, ao mesmo tempo, reduzir a resiliência da economia e a capacidade de se ajustar", disse o documento da Comissão.
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