Petrobras prevê retorno ao trabalho presencial em 'ondas' a partir de julho
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os funcionários da Petrobras de setores administrativos que estão em home office deverão voltar ao trabalho presencial em "ondas", com a primeira delas envolvendo executivos mais graduados, em julho e agosto, afirmou a empresa à Reuters.
Para os demais empregados em atuação remota, que hoje somam mais de 20 mil, o retorno está previsto para ocorrer a partir de 1º de outubro, na chamada "Onda 1" que limitará a 20% a ocupação de cada prédio administrativo.
"Outubro é a nossa referência (para voltar)", disse uma fonte graduada da companhia na condição de anonimato, citando que o próprio presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, "bate o ponto" na empresa desde que assumiu em abril, uma atitude que estimula o retorno ao trabalho presencial.
Luna valoriza uma relação mais próxima entre as pessoas para "escutar opiniões" e "analisar dados" antes da tomada de decisões estratégicas na companhia, segundo fontes a par da situação, que confidenciam a preferência do executivo pelo trabalho presencial.
O planejamento da Petrobras, que poderá marcar o início do encerramento do trabalho exclusivamente remoto, também levará em consideração as condições da pandemia e o avanço do plano nacional de vacinação, para ser implementado.
"O retorno será híbrido, alternando dias presenciais e remotos. Espaços físicos e áreas comuns foram adaptados e adequados", disse a Petrobras, ao ser questionada sobre o assunto.
A empresa ressaltou que o planejamento da volta gradual a atividades presenciais administrativas está sendo feito observando todas as medidas e protocolos de prevenção à Covid-19.
A companhia também destacou que, a despeito de atualmente cerca de 21.300 empregados estarem em teletrabalho na Petrobras, atividades onde é essencial a atuação presencial, ainda que na área administrativa, continuaram sendo realizadas nas instalações da companhia.
O teletrabalho foi implementado em março de 2020 na gestão do ex-presidente da empresa Roberto Castello Branco, cujo mandato terminou este ano e não foi renovado após descontentamentos do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços de combustíveis da estatal.
Castello Branco, que diferentemente de Luna adotou o home office, mostrou-se um incentivador do teletrabalho, afirmando por vezes que isso poderia reduzir custos da empresa.
A decisão de Castello Branco --considerado grupo de risco para a Covid-19-- de adotar ele mesmo o teletrabalho desde o início da pandemia também foi criticada por Bolsonaro, que chegou a afirmar que "o chefe tem que estar na frente".
Em agosto do ano passado, a Petrobras aprovou regras para a implantação do modelo permanente de teletrabalho na companhia, que seria voltado aos funcionários do regime administrativo.
A medida teria adesão voluntária e limite de até três diaspor semana, segundo a petroleira, que afirmou na época que o modelo de teletrabalho contribui com a "redução de custos por meio da otimização da ocupação de prédios administrativos".
(Por Rodrigo Viga Gaier; texto de Roberto Samora)
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