Produção industrial e vendas no varejo aceleram na China, mas mercado imobiliário turva perspectivas
Por Kevin Yao e Gabriel Crossley
PEQUIM (Reuters) - A produção industrial e as vendas no varejo da China cresceram mais do que o esperado em outubro, apesar das novas restrições para controlar os surtos de Covid-19 e de problemas de oferta, mas a desaceleração do setor imobiliário pesou sobre as perspectivas econômicas.
A produção cresceu 3,5% em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, acelerando de um aumento de 3,1% em setembro. O crescimento das vendas no varejo também aumentou.
O crescimento da produção industrial superou as expectativas de um aumento anual de 3% em uma pesquisa de analistas da Reuters, mas ainda foi a segunda menor leitura deste ano.
A segunda maior economia do mundo teve uma recuperação impressionante desde a crise pandêmica do ano passado, mas desde então perdeu o ímpeto ao lidar com a desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívidas no mercado imobiliário e surtos de Covid-19.
Dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) também mostraram que as vendas no varejo aceleraram, mesmo com a imposição de novas restrições para combater uma nova onda de casos de Covid-19 no norte do país.
As vendas no varejo aumentaram 4,9% na comparação anual em outubro, superando as expectativas de crescimento de 3,5% e após um aumento de 4,4% em setembro.
"O crescimento provavelmente enfraquecerá no restante deste ano", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
"O surto de Covid forçou mais cidades a apertar as restrições de viagens, o que provavelmente afetará o setor de serviços adversamente em novembro. A desaceleração do setor imobiliário está piorando", disse Zhang, acrescentando que este é "o principal risco para as perspectivas macro nos próximos trimestres".
Os dados do NBS mostraram que o investimento imobiliário e o crescimento das vendas continuaram a desacelerar ao longo de janeiro-outubro em comparação com os primeiros nove meses do ano, e o início de novas construções caiu.
A confiança no mercado imobiliário da China foi abalada pelo aprofundamento da crise da dívida, com o gigante imobiliário China Evergrande e o Kaisa Group lutando contra inadimplências iminentes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.