Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm alta moderada
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada e pode subir ainda mais nas próximas semanas em meio a interrupções decorrentes da disparada de infecções por Covid-19.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 7 mil, para 207 mil (dado ajustado sazonalmente), na semana encerrada em 1º de janeiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. As solicitações haviam caído para 200 mil na semana anterior.
Economistas consultados pela Reuters previam 197 mil pedidos para a semana mais recente.
As solicitações geralmente aumentam durante a temporada de festas de fim de ano, mas uma escassez aguda de trabalhadores interrompeu esse padrão sazonal, resultando em números mais baixos de pedidos ajustados sazonalmente nas últimas semanas. Havia 10,6 milhões de vagas de trabalho em aberto nos EUA no fim de novembro.
"Algumas empresas fecham temporariamente durante a temporada de festas, causando um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego", disse Veronica Clark, economista do Citigroup em Nova York. "Como a escassez de trabalhadores tem sido um problema persistente e os níveis de emprego já estão abaixo do desejado, esse efeito foi muito menor durante a última temporada de recesso."
Excluindo a volatilidade semanal, o mercado de trabalho está mostrando aperto, com as solicitações recuando ante um recorde de 6,149 milhões em abril de 2020.
A ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos --divulgada na véspera e referente ao encontro dos dias 14 e 15 de dezembro-- mostrou que as autoridades do Federal Reserve (Fed) enxergam o mercado de trabalho como "muito apertado". O banco central dos EUA pode precisar elevar os juros mais cedo do que o esperado e começar a reduzir sua carteira geral de ativos para domar a alta inflação, segundo o documento.
Mas com os EUA reportando quase 1 milhão de novas infecções por coronavírus na segunda-feira, a maior contagem diária em todo o mundo, é provável que haja um aumento temporário na demanda por seguro-desemprego.
Alguns distritos escolares estão suspendendo aulas presenciais, o que pode forçar alguns pais que trabalham a assumir tarefas de cuidado infantil.
Um relatório separado da empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas, divulgado nesta quinta-feira, mostrou que os cortes de empregos anunciados por empregadores norte-americanos aumentaram 28,1%, para 19.052, em dezembro. As demissões, no entanto, permanecem baixas, totalizando 321.970 em 2021, queda de 86% em relação a 2020.
"O grande número de casos de Covid impactará o mercado de trabalho, independentemente da gravidade das doenças", disse Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas. "Aqueles com preocupações de segurança em relação à Covid continuarão evitando funções presenciais".
(Por Lucia Mutikani)
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