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Equador prevê acordo de comércio com China no fim do ano

Presidente equatoriano Guillermo Lasso teve encontro neste sábado (05.02) em Pequim com presidente chinês, Xi Jinping - REUTERS / Luisa Gonzalez
Presidente equatoriano Guillermo Lasso teve encontro neste sábado (05.02) em Pequim com presidente chinês, Xi Jinping Imagem: REUTERS / Luisa Gonzalez

05/02/2022 15h31

O Equador espera fechar acordo comercial com a China no fim de 2022 e abrirá renegociação formal da dívida com o país asiático, disse o presidente equatoriano Guillermo Lasso neste sábado (05.02), após encontro em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping.

A China se tornou o principal credor do Equador na última década, com milhões de dólares em crédito de longo prazo vinculados à entrega de petróleo bruto, grandes investimentos em projetos hidrelétricos e de mineração e outros empréstimos.

"Na China, tivemos uma reunião produtiva com o presidente Xi Jinping", postou Lasso no Twitter. "Conseguimos ótimos resultados em aberturas comerciais, cooperação em saúde e renegociação de dívidas."

No encontro, os dois países assinaram um memorando de entendimento para abrir caminho para um acordo comercial no fim do ano, que beneficiaria as exportações equatorianas de camarão, banana, cacau e minerais.

Lasso, que assumiu em maio, disse que mais comércio e investimentos estrangeiros são fundamentais para estimular a economia do país afetado pela Covid e com pouca liquidez.

"Isso aumentaria o mercado em quase 1 bilhão de dólares a mais em oportunidades de exportação", disse o ministro do Comércio, Julio José Prado, a jornalistas. "E isso significa que podemos quase dobrar as exportações que fazemos para a China em vários produtos."

Os países concordaram com conversas iniciais sobre a renegociação da dívida, enquanto o Equador busca melhorar seus prazos de pagamento e taxas de juros.

O Equador também está tentando desvincular a entrega de petróleo de dívidas pendentes com bancos chineses no valor de cerca de 2,2 bilhões de dólares, segundo o ministro das Relações Exteriores, Juan Carlos Holguin, o que liberaria cerca de 400 milhões de dólares por ano em gastos potenciais.