Conselho da Telecom Italia discutirá cisão de ativos de rede
Por Elvira Pollina e Giuseppe Fonte
MILÃO (Reuters) - O conselho da Telecom Italia discutirá a potencial reestruturação do grupo na segunda-feira, enquanto o recém-nomeado presidente-executivo Pietro Labriola se esforça para encontrar uma alternativa à proposta de aquisição enviada pelo fundo norte-americano KKR.
Labriola, que anteriormente era presidente-executivo da TIM, agora está trabalhando em um plano independente em resposta à oferta de 10,8 bilhões de euros (12,30 bilhões de dólares) da KKR. O principal acionista da Telecom Italia, a empresa de mídia francesa Vivendi, disse que a proposta era muito baixa.
A endividada Telecom Italia, que está há anos sob pressão da concorrência doméstica e emitiu uma série de alertas ao lucro no ano passado, considera dividir seus ativos de rede em uma empresa separada, como parte de uma reformulação mais ampla de seus negócios.
Isso pode abrir o caminho para uma fusão, há tempos discutida, entre os ativos de infraestrutura da Telecom Italia e os da rival estatal Open Fiber.
O movimento é defendido pelo credor estatal CDP, o segundo maior investidor da Telecom Italia.
Os principais sindicatos de telecomunicações da Itália convocaram uma greve geral para 23 de fevereiro e mais ações em protesto contra a possível cisão, com temores das potenciais consequências da operação aos postos de trabalho.
Enquanto espera para ver se a KKR formalizará sua oferta, o Tesouro da Itália estaria preparado para permitir que o fundo desempenhe um papel na reestruturação da empresa, disseram à Reuters duas pessoas próximas ao assunto. No ano passado, a KKR já investiu 1,8 bilhão de euros em uma participação de 37,5% na rede secundária da Telecom Italia.
De acordo com o plano de Labriola, que o conselho deve aprovar em 2 de março, a Telecom Italia se concentrará em seus negócios de varejo, enquanto aprimora sua oferta para clientes corporativos e desenvolve negócios de nuvem, internet das coisas e segurança cibernética.
Fontes disseram anteriormente que era improvável que a Telecom Italia tomasse qualquer posição firme sobre a proposta da KKR antes do início de março.
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