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Ações nos EUA caem sob peso de escalada de tensões na Ucrânia

Wall Street, tradicional centro financeiro, em frente à Dow Jones Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos - Por Chuck Mikolajczak
Wall Street, tradicional centro financeiro, em frente à Dow Jones Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos Imagem: Por Chuck Mikolajczak

17/02/2022 18h18

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK. (Reuters) - As ações dos Estados Unidos recuaram nesta quinta-feira, o índice S&P 500 sofreu sua maior queda percentual diária em duas semanas e investidores se voltaram para setores defensivos e ativos considerados seguros, como títulos e ouro, conforme tensões geopolíticas entre Washington e Rússia sobre a Ucrânia se intensificaram.

O índice S&P 500 fechou em queda de 2,12%, a 4.380,26 pontos. O Dow Jones caiu 1,78%, a 34.312,03 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 2,88%, a 13.716,72 pontos.

Depois que forças ucranianas e rebeldes pró-Moscou trocaram tiros no leste da Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse haver todas as indicações de que a Rússia planeja uma invasão à Ucrânia nos próximos dias e prepara um pretexto para justificá-la.

Em Wall Street, os setores de tecnologia e serviços de comunicação --de perfil de crescimento, portanto, em tese com mais "gordura para queimar" em termos de preço-- foram os mais atingidos. O setor financeiro também cedeu, à medida que os rendimentos dos títulos do governo norte-americano caíram.

Os acontecimentos na Ucrânia também aumentaram a incerteza sobre os planos de aperto monetário pelo banco central dos EUA para combater a inflação.

"A fraqueza contínua, especialmente nos nomes de crescimento, indica nervosismo elevado, e os vendedores continuam a sobrepujar os compradores em quase todas as ações", disse Michael James, diretor administrativo de negociação de ações da Wedbush Securities em Los Angeles.

As ações de serviços públicos e consumo discricionário --segmentos considerados defensivos-- foram os únicos destaques positivos em Wall Street. Consumo discricionário recebeu impulso de um salto de 4,01% dos papéis do Walmart, que divulgou vendas recordes de fim de ano.