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BNDES tem lucro líquido recorde de R$ 34,1 bilhões em 2021

Resultado foi puxado pelos ganhos com participações societárias, que somaram R$ 30,6 bilhões em 2021 - Fernando Frazão/Agência Brasil
Resultado foi puxado pelos ganhos com participações societárias, que somaram R$ 30,6 bilhões em 2021 Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

25/02/2022 09h39Atualizada em 25/02/2022 10h46

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou em 2021 um lucro líquido recorde de R$ 34,1 bilhões, resultado 65% superior ao de 2020, informou o banco nesta sexta-feira (25).

O resultado de 2021 foi puxado por ganhos com participações societárias, na casa de R$ 30,6 bilhões, e intermediação financeira, de R$ 19,9 bilhões.

"Foi um resultado sólido, robusto e consistente. Esses resultados mostram como o banco está preparado, se modernizando e reinventando para o mundo do futuro. Vivemos tempos em que eventos não esperados se tornaram recorrentes e a única certeza é a mudança", disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, em entrevista coletiva.

Foi o maior lucro contábil de uma instituição financeira na história do Brasil e somos ainda o maior estruturador de projetos do mundo.
Gustavo Montezano, presidente do BNDES

O lucro líquido anual de R$ 34,1 bilhões foi alavancado ainda pelas alienações de ações de Vale, Klabin e JBS, que somaram um total de R$ 8 bilhões.

"Estamos desinvestindo de empresas maduras e posições especulativas para alocar isso em infraestrutura e desenvolvimento do país", destacou o presidente do banco.

A receita com dividendos e juros sobre o capital próprio acumulou no ano passado R$ 7,3 bilhões, em valores líquidos de tributos, com destaque para Petrobras, Copel e Eletrobras.

"Também contribuiu para o bom desempenho o resultado positivo de equivalência patrimonial, que totalizou R$ 4,3 bilhões no ano — basicamente de JBS —, a reversão de provisão para perdas em investimentos na Petrobras (efeito líquido de R$ 3,5 bilhões) e a venda de debêntures da Vale (R$ 2,1 bilhões)", informou o banco de fomento.

O resultado recorrente, que exclui principalmente operações de desinvestimento da carteira de renda variável e provisões para risco de crédito foi de R$ 15,8 bilhões em 2021 ante R$ 8,0 bilhões em 2020.