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Arrecadação aumenta, e contas do governo têm recorde positivo em janeiro

É o melhor resultado para o mês de janeiro desde que a série histórica foi iniciada, em 1998, segundo o governo - Reprodução
É o melhor resultado para o mês de janeiro desde que a série histórica foi iniciada, em 1998, segundo o governo Imagem: Reprodução

Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues

Em Brasília

25/02/2022 09h20Atualizada em 25/02/2022 09h22

Com forte alta na arrecadação de tributos, as contas do governo central (que reúne Tesouro, Banco Central e INSS) registraram em janeiro o maior superávit para o mês desde o início da série histórica, em 1998.

A diferença entre receitas e despesas ficou positiva em R$ 76,5 bilhões - ante R$ 43,5 bilhões há um ano.

No acumulado de 12 meses, o resultado ainda é negativo em R$ 9,7 bilhões, equivalente a 0,02% do PIB (Produto Interno Bruto). A meta fiscal de 2022 admite um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões, mas o governo espera um rombo inferior a R$ 100 bilhões.

Em janeiro, as receitas tiveram alta real de 17,8% em relação ao mesmo mês de 2021.

Já as despesas subiram 2,2%, descontada a inflação, principalmente por conta do pagamento de benefícios do Auxílio Brasil em janeiro de R$ 7,2 bilhões, ante R$ 3 bilhões do antigo Bolsa Família no mesmo mês do ano passado.

As contas do Tesouro registraram superávit de R$ 92,5 bilhões. Já o resultado do INSS foi um déficit de R$ 16 bilhões, enquanto as contas do Banco Central tiveram déficit de R$ 64 milhões.

Ucrânia

O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que o Brasil está "bem posicionado" para enfrentar possíveis impactos nos mercados com o conflito na Ucrânia.

Segundo ele, o país tem apenas 5% da dívida externa em dólares, participação de estrangeiros na dívida interna de pouco mais de 10%, 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa e US$ 350 bilhões em reservas internacionais.

"O Tesouro está com um caixa confortável. Monitoramos o mercado e podemos tomar medidas quando necessário", afirmou.