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Europa deve discutir embargo a gás russo, diz ministra alemã

Christine Lambrecht, ministra da Defesa da Alemanha - REUTERS/Ints Kalnins
Christine Lambrecht, ministra da Defesa da Alemanha Imagem: REUTERS/Ints Kalnins

03/04/2022 14h26

A ministra da Defesa da Alemanha disse neste domingo que a União Europeia deve discutir a proibição da importação de gás russo depois que autoridades ucranianas e europeias acusaram as forças russas de cometer atrocidades perto de Kiev.

"Tem que haver uma resposta. Tais crimes não devem ficar sem resposta", afirmou o Ministério da Defesa citando Christine Lambrecht em entrevista à emissora pública ARD.

Até agora, Berlim resistiu aos crescentes pedidos para impor um embargo às importações de energia da Rússia, dizendo que sua economia e a de outros países europeus são muito dependentes deles. A Rússia fornece 40% das necessidades de gás da Europa.

Mas Lambrecht disse que os ministros da UE agora teriam que discutir uma proibição, de acordo com um tweet de seu ministério.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, também pediu no domingo sanções mais duras a Moscou, mas não mencionou o setor de energia.

"Os responsáveis ??por esses crimes de guerra devem ser responsabilizados. Reforçaremos as sanções contra a Rússia e ajudaremos ainda mais a Ucrânia a se defender", disse ela no Twitter.

A UE vem trabalhando em sanções adicionais há algum tempo, mas o comissário econômico Paolo Gentiloni disse no sábado que quaisquer medidas adicionais não afetariam o setor de energia.

A Ucrânia disse no sábado que assumiu o controle total da região de Kiev pela primeira vez desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro. O prefeito de Bucha, uma cidade libertada a 37 quilômetros a noroeste da capital, disse que 300 moradores foi morto pelo exército russo.

O Ministério da Defesa da Rússia negou a alegação, dizendo que imagens e fotografias mostrando cadáveres em Bucha eram "mais uma provocação" de Kiev.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu em um comunicado que organizações internacionais como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) tenham acesso às áreas afetadas para documentar de forma independente o que ele descreveu como atrocidades.