Zona do euro: dados confirmam baixo crescimento e inflação com a guerra
A economia da zona do euro enfrenta crescimento econômico mais lento e inflação mais alta à medida em que a invasão da Ucrânia pela Rússia eleva os custos, atrapalha o comércio e atinge a confiança, mostrou uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) com economistas nesta sexta-feira (15).
Analistas consultados pelo BCE colocaram a projeção de inflação em 6% este ano, duas vezes mais alta do que o previsto há apenas dois meses, e a viram ficar um pouco acima da meta de 2% do BCE no longo prazo.
"Em relação às perspectivas de curto prazo, os entrevistados consideraram a alta inflação como sendo determinada principalmente por fatores de custo em vez de demanda, e consideraram que o conflito na Ucrânia havia reacendido e amplificado as pressões de preços", disse o BCE em um comunicado à imprensa.
O crescimento foi visto com uma desaceleração para 2,9% este ano, de 4,2% na pesquisa anterior, e o BCE disse que "quase todos" os entrevistados atribuíram suas revisões para baixo às repercussões da invasão russa à Ucrânia.
"Além dos preços mais altos das commodities de energia e alimentos, interrupções em alguns setores e as sanções impostas, os economistas observaram que a situação resultou em quedas na confiança de empresas e consumidores e perda de poder de compra para as famílias", acrescentou o BCE.
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