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Ações caem pressionadas por balanços de Amazon e Apple

29/04/2022 10h46

(Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos caíam nesta sexta-feira, com previsões decepcionantes da Amazon e da Apple empurrando o Nasdaq para forte queda mensal, enquanto o maior aumento na inflação mensal desde 2005 intensificou preocupações de investidores.

Às 12:20 (de Brasília), o índice S&P 500 perdia 1,69%, a 4.215,03 pontos, enquanto o Dow Jones caía 1,10%, a 33.541,85 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuava 1,77%, a 12.644,18 pontos.

Amazon.com Inc despencava 11,9%, para uma mínima em quase dois anos. Custos mais altos prejudicaram os resultados do primeiro trimestre, e a gigante do comércio eletrônico espera perder até 1 bilhão de dólares em receita operacional neste trimestre.

Apple Inc, a empresa mais valiosa do mundo, cedia 0,9%, após sua perspectiva sombria ofuscar lucro e vendas trimestrais recordes.

Todos os 11 principais setores do S&P 500 caíam no pregão, com as ações de consumo discricionário liderando as perdas (-3,3%).

Balanços decepcionantes e preocupações com aumentos agressivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve atingiram ações de gigantes de tecnologia e de companhias com perfil de crescimento neste mês.

O Nasdaq cai cerca de 10% em abril, a caminho de igualar as perdas mensais de dois dígitos vistas pela última vez durante o auge da onda de vendas ditada pela pandemia em março de 2020 e a crise financeira em 2008.

"O fato de o mercado de ações ter caído já indica que a demanda está desacelerando um pouco, e novos aumentos nas taxas de juros também diminuirão a demanda", disse Randy Frederick, diretor administrativo de negociação e derivativos da Schwab Center for Financial Research.

Dados mostraram que o índice de preços das despesas de consumo pessoal, medida de inflação preferida do Fed, disparou 0,9% em março, maior alta desde 2005, depois de subir 0,5% em fevereiro.

O Fed se reúne na próxima semana, e operadores apostam em um aumento de 50 pontos-base no juro para combater a inflação em alta.

(Por Bansari Mayur Kamdar e Devik Jain)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447757)) REUTERS JCG IV