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Geadas podem impactar inflação e choques climáticos têm efeito negativo, diz Campos Neto

Imagem mostra geada no Paraná - DIRCEU PORTUGAL/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem mostra geada no Paraná Imagem: DIRCEU PORTUGAL/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Bernardo Caram

Da Reuters, em Brasília

18/05/2022 10h36

Choques climáticos trazem efeitos negativos sobre produtividade e atividade econômica e possíveis geadas à frente podem impactar a inflação de curto prazo, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em seminário promovido pelo Banco do Brasil e a Petrobras, Campos Neto disse que as discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade têm ligação com a política monetária.

"Estava fazendo uma reunião de inflação e estava falando da geada que vem por aí, qual é o impacto que isso pode ter em alimentos e na inflação de curto prazo", disse. "Diversos choques climáticos recentes têm impactos negativos, ondas de calor, geadas, secas".

No evento, Campos Neto ainda se mostrou contrário a ideias de criar uma tributação sobre emissões de carbono.

"Escuto muito falar em um imposto de carbono, em alguns casos parece justificável, mas a gente acredita que o preço de marcado é sempre o melhor alocador de recursos na economia", disse.