Petróleo se estabiliza diante de temores por Covid na China e cenário de oferta apertada
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo oscilaram pouco nesta segunda-feira, com os mercados equilibrando uma queda esperada na demanda devido aos testes em massa para Covid-19 na China, contra as preocupações contínuas com a oferta apertada.
Os futuros do Brent para entrega em setembro avançaram 8 centavos, ou 0,1%, para 107,10 dólares por barril, enquanto o WTI, dos EUA, caiu 70 centavos, ou 0,7%, para 104,09 dólares.
Na semana passada, especuladores de petróleo reduziram suas posições longas líquidas de futuros e opções nas bolsas NYMEX e Intercontinental para o menor nível desde abril de 2020.
"O mercado de petróleo está sendo puxado em duas direções com fundamentos físicos extremamente rígidos contra preocupações de demanda prospectivas e sinais de destruição de demanda induzida por preços", disseram analistas da EBW Analytics em nota.
O mercado foi abalado no início da sessão com a notícia de que a China havia descoberto seu primeiro caso de uma subvariante Ômicron altamente transmissível em Xangai, que poderia levar a outra rodada de testes em massa, o que prejudicaria a demanda por combustível.
“O impacto combinado das preocupações com a desaceleração econômica global e um novo surto de Covid dificilmente poderia vir em pior momento para os mercados de petróleo”, disse a Investec Risk Solutions em nota.
O aumento do dólar também tem pressionado o petróleo. A moeda norte-americana atingiu seu maior nível desde outubro de 2002 na comparação com um grupo de moedas.
Um dólar mais forte reduz a demanda por petróleo, tornando o combustível mais caro para compradores que usam outras moedas.
O mercado também continua nervoso com os planos das nações ocidentais de limitar os preços do petróleo russo e com o presidente russo, Vladimir Putin, alertando que novas sanções podem levar a consequências "catastróficas" no mercado global de energia.
Enquanto isso, no Brasil, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse que um acordo estava fechado com Moscou para a compra de diesel muito mais barato da Rússia.
(Reportagem de Scott DiSavino; reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Noah Browning em Londres)
((Tradução Redação São Paulo))
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