Ibovespa crava 3ª alta com ajuda de NY; Embraer dispara
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% nesta terça-feira, beneficiado pela performance positiva das bolsas norte-americanas e com Embraer entre os maiores ganhos após encomendas da ordem de 2,68 bilhões de dólares.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,37%, a 98.244,80 pontos, cravando a terceira alta consecutiva. O volume financeiro totalizou 18,7 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 avançou 2,76%, com a temporada de balanços corporativos mostrando resultados acima das expectativas do mercado e proporcionando algum alívio nos temores sobre o efeito da inflação nos lucros das companhias.
Para o gestor Daniel Alberini, sócio na CTM Investimentos, a trégua global na valorização do dólar também corroborou o apetite a risco, assim como notícias mais positivas envolvendo o fornecimento de gás russo para a Europa.
No Brasil, a pauta macroeconômica não trouxe novidades relevantes, enquanto a cena corporativa deve ocupar os holofotes nos próximos pregões, com Weg abrindo a safra de resultados das empresas do Ibovespa na quarta-feira.
Alberini afirmou estar otimista para a temporada, citando que a atividade econômica no país tem surpreendido do lado positivo, enquanto as companhias fizeram ajustes relevantes do lado de custos que devem compensar os efeitos de juros maiores.
DESTAQUES
- EMBRAER ON disparou 7,7%, após anunciar encomendas adicionais de 20 jatos E195-E2 da Porter Airlines, bem como de oito jatos E175, com opção de compra de mais 13, da Alaska Air, em um total de 2,68 bilhões de dólares. A fabricante de aviões também cortou levemente estimativa para a demanda por viagens aéreas nos próximos 20 anos, e anunciou parceria com a BAE Systems.
- MARFRIG ON saltou 8,23% após relatório de analistas do JPMorgan que melhorou estimativas para as margens e Ebitda da companhia de alimentos referentes ao segundo trimestre e ao ano. Ainda assim, a equipe cortou preço-alvo da ação no final de 2023 a 17,50 reais, citando aumento no custo do capital.
- VALE ON fechou em alta de 0,22%, após cair cerca de 1% no começo do pregão contaminada pelo declínio dos futuros do minério de ferro em Dalian, na China, e Cingapura. A mineradora reporta ainda nesta terça-feira dados de produção e vendas no segundo trimestre.
- ITAÚ UNIBANCO PN valorizou-se 3,37% e BRADESCO PN encerrou com acréscimo de 3,66%. Entre os bancos do Ibovespa, BTG PACTUAL UNIT teve o melhor desempenho, fechando em alta de 5,19%.
- PETROBRAS PN avançou 2,03%, conforme os preços do petróleo fecharam em alta no exterior. A companhia também anunciou uma redução de 4,9% no preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras, para 3,86 reais, que passa a valer a partir de quarta-feira. O Credit Suisse considerou a notícia marginalmente positiva, uma vez que ajuda a aliviar a pressão política sobre a empresa.
- ALPARGATAS PN disparou 8,35%, ganhando fôlego principalmente na parte da tarde. Na véspera, a ação fechou em alta de 0,56%, quebrando uma série de seis pregões de baixa, período em que acumulou declínio de mais de 13%. Na última sexta-feira, o papel encerrou a 17,98 reais, menor cotação de fechamento desde março de 2020.
- YDUQS ON perdeu 4,01% e COGNA ON recuou 3,32%. Analistas do BTG Pactual estimam números operacionais fracos para o segundo trimestre no setor, prejudicados pela alta inflação de custos e um tíquete médio menor. Citando que os balanços das empresas seguem relativamente alavancados, os analistas avaliam que as taxas de juros mais altas devem gerar resultados negativos para Cogna e Yduqs.
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