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Bolsonaro reitera intenção de manter auxílio de R$ 600, mas não diz como

Jair Bolsonaro no "Cara a Tapa" comandado por Rica Perrone - Reprodução
Jair Bolsonaro no 'Cara a Tapa' comandado por Rica Perrone Imagem: Reprodução

Maria Carolina Marcello

13/08/2022 13h39

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) reafirmou neste sábado que já teria acertado a manutenção do valor do Auxílio Brasil em 600 reais para o ano que vem com o Ministério da Economia.

Não informou, no entanto, de que forma o benefício seria bancado, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 não inclui tal previsão.

"O que já conversei com o Paulo Guedes, que eu não falo nada sem conversar com ele, sem conversar com o respectivo ministro: 'PG, dá para manter os 600, manter esses 200 a mais para o ano que vem?'", relatou o presidente em no canal do YouTube Cara a Tapa.

"Ele falou que 'dá, se fizer isso, isso e isso'", afirmou. "Então vai ser mantido os 600 reais de auxílio emergencial o ano que vem."

Mais cedo, em live com o deputado federal André Janones (Avante-MG), o principal adversário de Bolsonaro e primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou para o fato de que o auxílio de 600 reais só está efetivamente garantido até o fim de dezembro.

"Bolsonaro fez uma bobagem muito grande quando ele fez a PEC para criar o estado emergencial e para criar o Auxílio Brasil. Ele colocou o auxílio emergencial na lei até dezembro. Ele percebeu a bobagem e agora está dizendo que vai continuar. Agora, se ele quisesse que continuasse ele fazia sem colocar o fim em dezembro", disse o ex-presidente.

Questionado sobre as declarações de Lula, Bolsonaro afirmou que o valor do auxílio pago atualmente é maior do que o pago no governo do petista e afirmou que "é mentira" que não estenderá o benefício para o próximo ano.

Bolsonaro disse também, provocado pelo dono do canal do YouTube Rica Perrone, que se eleito manterá Paulo Guedes como o seu "posto Ipiranga", como costuma referir-se a seu ministro da Economia.

Bolsonaro admitiu, ainda, que "é uma prática meio comum" a chamada "rachadinha", esquema investigado no gabinete de um dos seus filhos, mas não citou qualquer nome. O presidente afirmou também que, em tese, se comprovado que houve crime, o culpado deverá arcar com as consequências.

Já em clima de campanha, ainda que não em caráter oficial, o presidente deixou a entrevista ao canal do YouTube para participar, no Rio de Janeiro, de marcha para Jesus, tipo de eventos que ele vem frequentando há alguns meses.