EUA estão sentindo impacto de mudanças envolvendo Covid na China, mas podem superá-las, diz autoridade do Tesouro
Por Andrea Shalal e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos "já está sendo impactada" pelos mais recentes desdobramentos envolvendo a Covid na China e pela escassez de energia na Europa, disse o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, nesta terça-feira, mas o país está em melhor forma do que no passado para suportar tais pressões.
Adeyemo, em entrevista por telefone à Reuters, disse estar confiante sobre o estado da economia após sua viagem à Europa na semana passada, dado o impulso contínuo na criação de empregos e crescimento econômico, redução da inflação e grandes investimentos que ajudariam a reduzir escassez na cadeia de oferta nos próximos anos.
Uma reversão nas políticas de Covid-zero da China levou o Banco Mundial a cortar estimativas de crescimento, e autoridades dos EUA começaram a se preocupar com a cadeia de suprimentos e outras repercussões econômicas. Enquanto isso, uma desaceleração acentuada é prevista na Europa por causa da escassez de energia ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Já estamos sendo afetados por esses ventos contrários... mas somos mais capazes de resistir a isso e superá-los por causa das escolhas políticas que fizemos", disse ele.
Adeyemo observou que os consumidores norte-americanos têm menos dívidas do que durante a crise financeira global de 2008-2009, e os balanços das empresas estão mais saudáveis, em parte devido aos subsídios oferecidos desde o início da pandemia.
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