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Indicado para CEO da Petrobras tem capacidade técnica e de diálogo, dizem IBP e Abegás

30/12/2022 17h56

SÃO PAULO (Reuters) -O indicado para a presidência da Petrobras no novo governo, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), "possui largo currículo acadêmico e experiência consolidada no setor, aliada à grande capacidade de diálogo", disse o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal entidade representativa da indústria de petróleo e gás no Brasil.

Ao cumprimentar Prates pela indicação para o cargo, conforme anúncio nesta sexta-feira do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o IBP destacou em nota que tais capacidades foram demonstradas "no exercício de seu recente mandato como senador".

Líder da Minoria no Senado, Prates teve atuação combativa no Congresso, mas também era tido como um bom negociador. Tanto que assumiu relatorias de temas complexos. Foi ele, por exemplo, quem tocou toda a articulação em torno do marco legal das ferrovias, proposta que relatou.

Prates também tomou para si, durante a crise da alta de combustíveis no início do ano, a tarefa de relatar no Senado projeto que criava uma conta de estabilização de preços para combustíveis.

A Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) acrescentou em nota que a escolha de Prates foi "excelente".

"Antes de tudo, Prates é um nome preparado. Ao longo de seu mandato como senador, Prates sempre teve posição de protagonismo em todas as discussões que envolveram o setor energético brasileiro... chegando inclusive a ser nomeado em 2021 como presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia", disse o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

Prates disse a jornalistas nesta sexta-feira que a política de preços de combustíveis do país irá mudar no governo Lula, mas ressaltou que isso não significa descolar totalmente os valores pela estatal dos praticados no mercado internacional.

Ele defendeu rever a utilização do Preço de Paridade de Importação (PPI) como referência para os preços internos dos combustíveis, uma vez que o Brasil é "quase" autossuficiente em refino, mas notou que não se pode "traumatizar investidores".

(Por Roberto Samora; edição Paula Arend Laier)