Ibovespa confirma 6ª alta e sobe 2,5% em 2023; 3R Petroleum dispara
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta pelo sexto pregão seguido nesta quarta-feira, perto da máxima do dia, endossado por Wall Street e com as petrolíferas 3R Petroleum e Prio entre destaques beneficiadas pelo forte avanço do petróleo no exterior.
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 1,53%, a 112.517,08 pontos. O volume financeiro somava 26,4 bilhões de reais. No ano, já avança 2,54%.
Em Nova York, o S&P 500 avançou mais de 1%, em meio a apostas de que dados de inflação previstos para quinta-feira deem ao Federal Reserve espaço para atenuar o aperto monetário nos Estados Unidos.
Projeções compiladas pela Reuters apontam que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 6,5% em dezembro ano a ano, após avanço de 7,1% em novembro.
Dados do mercado de trabalho e do setor de serviços dos EUA têm avalizado esperanças de que o Fed desacelere ou interrompa em breve o ciclo de alta dos juros, mesmo com comentários de alguns membros do BC norte-americano apoiando a visão de que deve seguir agressivo para combater a inflação.
No Brasil, as atenções seguem voltadas para Brasília, principalmente para a chance de anúncio de medidas na área econômica nesta semana, conforme sinalizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
"Com o exterior positivo, investidores estão aproveitando desconto excessivos em algumas empresas na B3 e no aguardo de medidas fiscais pelo governo brasileiro", afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
Ainda no radar está o reforço da segurança no país, após novas convocações para atos antidemocráticos por parte de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ora sem efeitos nos negócios, dada a ausência de efeitos econômico.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN avançou 0,79%, a 24,28 reais, favorecida pela alta do petróleo. No setor, 3R PETROLEUM ON e PRIO ON saltaram 13,64%, a 44,41 reais, e 7,76%, a 39,02 reais, nesta ordem. Dados de produção da 3R de dezembro ocuparam os holofotes, assim como relatório do JPMorgan iniciando a cobertura de 3R Petroleum e Prio com recomendação 'overweight' e preços-alvo de 100 e 56 reais.
- RAÍZEN PN ganhou 6,87%, a 3,58 reais, e SÃO MARTINHO ON fechou em alta de 5,86%, a 23,85 reais, em meio a expectativas pelo fim da desoneração da gasolina. O jornal O Estado de S.Paulo publicou que o sinal verde para a volta da cobrança dos tributos federais a partir de março pode ser divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta semana.
- MINERVA ON valorizou-se 7,73%, a 14,49 reais, após o JPMorgan elevar a recomendação das ação para 'overweight' citando que os preços da carne bovina de exportação do Brasil podem ter atingido o fundo do poço e devem se recuperar com a reabertura da China. Eles também cortaram para 'neutra' a recomendação de JBS ON, que recuou 1,06%, enquanto reiteraram 'neutra' para BRF ON, que perdeu 6,62%, e MARFRIG ON, que ganhou 0,7%.
- B3 ON subiu 4,59%, a 13,45 reais, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America, no qual os analistas afirmam preferir B3 contra XP, citando entre os fatores ser menos dependente de varejo e atividades de mercados de capitais. Em Nova York, XP avançou 3%.
- TIM recuou 1,43%, a 11,7 reais. O Bradesco BBI cortou a recomendação da ação para "neutra" e manteve Telefônica Brasil com classificação "neutra", avaliando que o cenário de altas taxas de juros compromete os lucros. O preço-alvo de TIM foi reduzido de 19 para 12 reais, enquanto o da Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo, passou de 56 para 41 reais. TELEFÔNICA BRASIL ON subiu 0,83%, a 38,82 reais.
- VALE ON cedeu 0,35%, a 93,25 reais. Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram ganhos nesta sessão, com o contrato em Cingapura saltando acima de 120 dólares a tonelada para nova máxima de seis meses, já que preocupações com a oferta deram novo suporte aos preços já impulsionados pelas perspectivas de demanda na China.
- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,74%, a 26,35 reais, enquanto BRADESCO PN avançou 1,99%, a 15,4 reais.
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