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Após 12 anos, reservatório da hidrelétrica de Furnas atinge 100% da capacidade

A Usina Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais - 13.jan.2023 - Luis Junio Leonel Mendes/Furnas/Divulgação
A Usina Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais Imagem: 13.jan.2023 - Luis Junio Leonel Mendes/Furnas/Divulgação

Roberto Samora

Em São Paulo

06/04/2023 17h32Atualizada em 06/04/2023 18h09

Após 12 anos, o reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas alcançou nesta quinta-feira a marca de 100% do volume de armazenamento, beneficiado por boas chuvas nos últimos meses, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) citados pelo Ministério de Minas e Energia em nota.

A situação difere da vivenciada em 2021, quando o país passou por sua pior crise hídrica na região das hidrelétricas em cerca de 90 anos. Naquele ano, o nível de Furnas caiu abaixo de 20%.

A hidrelétrica possui importância estratégica no Sistema Elétrico Nacional. Com potência instalada de 1.216 MW, representa 17,12% da capacidade de armazenamento de energia no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste.

Além disso, seu reservatório permite a regularização do Rio Grande e contribui para a produção de energia em todas as usinas à jusante na bacia, até a Usina Hidrelétrica Itaipu, otimizando a operação em toda bacia do rio Paraná, explicou o ministério.

Além da geração de energia renovável, o lago de Furnas contribui com as atividades do ecoturismo.

"O Lago de Furnas é patrimônio do Brasil, mas, em especial, das mineiras e dos mineiros desta região. O lago cheio representa emprego e renda no ecoturismo, na piscicultura e em outras atividades fundamentais", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em nota.

A barragem está localizada no curso médio do rio Grande, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais, e seu reservatório banha 34 cidades mineiras, com volume total de 22,95 bilhões m³.

Em janeiro deste ano o vertedouro da Usina de Furnas foi aberto pela primeira vez em 10 anos.

Apesar disso, segundo dados da ONS, o reservatório não alcançava sua capacidade máxima desde o dia 13 de março de 2011.