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Plano fiscal focado na receita tem efeito benéfico menor na inflação, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em audiência no Senado - 25.abr.23 - Pedro França/Agência Senado
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em audiência no Senado Imagem: 25.abr.23 - Pedro França/Agência Senado

Bernardo Caram

25/04/2023 13h22Atualizada em 25/04/2023 14h45

Planos fiscais focados em ganhos de arrecadação geram um efeito benéfico mais fraco sobre a inflação, afirmou nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"A gente entende que é difícil fazer corte de despesa. Quando o plano fiscal, em qualquer lugar do mundo, é mais corte de despesa, ele tem efeitos mais benéficos na inflação. Quando o plano fiscal é mais de receita, não tem efeito tão benéfico na inflação", disse.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Campos Neto ponderou que entende as limitações do Brasil e que o governo tem feito um grande esforço nessa área.

A proposta de arcabouço fiscal apresentada pelo governo determina que os gastos públicos crescerão continuamente acima da inflação, embora tenha limitadores para essa alta. O sucesso da regra, conforme avaliação de analistas e de membros do governo, dependerá de incrementos de receita.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem argumentado que o governo não vai aumentar tributos, mas precisa recompor sua base arrecadatória para que o arcabouço seja sustentável.