Petz tem recomendação cortada a "neutra" por JPMorgan e ações caem
SÃO PAULO (Reuters) - Analistas do JPMorgan rebaixaram nesta quinta-feira a recomendação para as ações da Petz de "overweight" para "neutra", citando o impacto do cenário macroeconômico e de uma competição mais acirrada no setor de produtos e serviços para animais de estimação.
O banco norte-americano também cortou o preço-alvo da ação de 13 reais para 7,50 reais, patamar que sugere um potencial de alta de 18% ante o fechamento do papel na quarta-feira.
Às 13:00 (de Brasília), as ações da Petz recuavam 2,52%, a 6,2 reais, entre as maiores quedas do Ibovespa, que mostrava variação positiva de 0,04%.
Analistas liderados por Joseph Giordano escreveram que um ambiente macroeconômico difícil deve seguir impactando negativamente categorias discricionárias, particularmente vendas de produtos não alimentícios que têm margens mais altas.
Eles também disseram que após a Petz passar por um período de crescimento mais lento devido a um ritmo de expansão mais suave e maiores investimentos, "vemos baixo potencial de valorização no atual ambiente de juros altos".
Os analistas ainda mencionaram que a Petz deve ver maior concorrência, à medida que uma análise da localização geográfica das novas lojas de rivais mostra disputa mais acirrada em São Paulo, principal mercado da empresa.
No Estado, a presença de lojas de rivais em um raio de até dois quilômetros de distância dos pontos da Petz aumentou 15 pontos percentuais desde outubro de 2020, para 61%, segundo o JPMorgan.
Com isso, a Cobasi, sua maior competidora, agora tem mais lojas no Estado do que a Petz, 120 contra 109, de acordo com o banco. Os analistas observaram que esse movimento está relacionado com o foco da Petz, que tem cerca de 49% das lojas em São Paulo, em apostar na expansão geográfica pelo país.
O JPMorgan também cortou as estimativas de vendas, Ebitda ajustado e lucro por ação da Petz para 2024 em 13%, 17% e 16%, respectivamente.
(Por André Romani)
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