Premiê japonês diz que filho deixará cargo de assessor após comportamento "inapropriado"
TÓQUIO (Reuters) - O filho do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deixará o cargo de assessor, anunciou o premiê nesta segunda-feira, depois que fotos do filho e de outros parentes aparentemente fingindo realizar uma coletiva de imprensa na residência oficial provocaram alvoroço.
Kishida afirmou a repórteres que Shotaro Kishida deixará seu secretariado a partir de quinta-feira, dizendo que a mudança ocorreu devido a comportamento "inapropriado" na residência oficial.
Uma revista semanal publicou na semana passada fotos do jovem Kishida e parentes aparentemente fingindo dar uma entrevista coletiva no local onde o primeiro-ministro costuma ficar.
"O comportamento dele em um espaço público foi inapropriado para alguém que está em uma posição oficial como assessor político. Decidi substituí-lo por responsabilidade", disse Kishida.
As revelações vêm em um momento inoportuno para Kishida, que ganhou popularidade com a recente cúpula do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima, e tem sido amplamente criticado pela oposição.
Seiji Osaka, parlamentar sênior do maior partido de oposição do país, o Partido Democrático Constitucional do Japão, disse que a demissão deveria ter ocorrido antes, segundo a agência de notícias Kyodo.
"É tarde demais. Suspeito que (Kishida) tenha nomeado alguém que não é capaz (de ser) assessor do primeiro-ministro para o posto", disse Osaka, segundo a publicação.
(Reportagem de Satoshi Sugiyama, Mariko Katsumura, Kiyoshi Takenaka)
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