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Ibovespa sobe após PIB acima do esperado com aval de blue chips

01/06/2023 11h42

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, após três quedas seguidas, com ações de educação e construtoras entre os destaques positivos, enquanto agentes financeiros repercutiam dados do PIB no primeiro trimestre melhores do que as expectativas.

Às 11h33, o Ibovespa subia 0,39%, a 108.754,10 pontos, após acumular até a véspera queda de mais de 2% na semana. O volume financeiro somava 6,4 bilhões de reais.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, mostrou o IBGE mais cedo, acima da expectativa de um avanço de 1,3%, segundo pesquisa da Reuters.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB teve expansão de 4,0%, ante expectativa de 3,0% nessa base de comparação.

Para a equipe do banco Modal, os dados reforçam a atividade ainda robusta no começo do ano, "indicando o efeito da política fiscal expansionista implementada desde meados do ano passado e sugerindo menor potência da política monetária restritiva".

O economista-chefe da G5 Partners, Luís Otavio Leal, afirmou que a conclusão com relação ao PIB é que ele veio bom, mas a concentração do resultado agropecuário coloca em dúvida a sustentação deste movimento.

"Apesar deste resultado expressivo, acreditamos que os números dos próximos trimestres deverão ficar mais próximos da estabilidade", afirmou.

Mas, considerando o dado desta quinta-feira com as revisões feitas na série, ele elevou sua previsão para o crescimento do PIB de 2023 de 1,5% para 2,3%. Ou seja, um 'pibão' com gosto de 'pibinho', mas que já garante um 'pibão' para 2023."

No exterior, Wall Street não mostrava uma tendência clara, com o S&P 500 mostrando variação modesta, um dia após a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovar a suspensão do teto da dívida do país, com balanço da Salesforce no radar.

DESTAQUES

- YDUQS ON avançava 5,83%, a 14,89 reais. A companhia de educação anunciou na noite da véspera que a Fidelity, por meio de fundos e contas sob sua gestão, aumentou a participação na empresa para 5,05% do total de ações. A rival COGNA ON tinha acréscimo de 2,08%.

- MRV ON valorizava-se 3,97%, a 10,48 reais, em sessão positiva para outras construtoras, como Eztec e Cyrela. O índice do setor imobiliário, que também inclui papéis de shopping centers, subia 0,39%. ALIANSCE ON mostrava elevação de 1,57%, com o JPMorgan colocando o papel como sua "top pick" do setor.

- MÉLIUZ ON recuava 4,83%, a 8,47 reais, ampliando a queda da véspera, após uma sequência de três pregões de alta, período em que acumulou um ganho de quase 6%.

- ENERGISA UNIT caía 3,7%, a 42,41 reais, em sessão negativa para empresas de energia elétrica, com CPFL ENERGIA ON perdendo 1,88%, EQUATORIAL ON recuando 2,66% e ELETROBRAS ON cedendo 1,64%. O índice do setor mostrava declínio de 0,93%.

- VALE ON tinha alta de 1,54%, a 64,79 reais, endossada pela alta dos contratos futuros do minério de ferro na China, com o vencimento mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrando as negociações diurnas com elevação de 5,77%. A Vale também anunciou, juntamente com a BHP, acordo para uma reestruturação de dívida da Samarco.

- PETROBRAS PN subia 1,34%, a 26,47 reais, em dia de variações modestas do petróleo no exterior. A companhia anunciou que iniciou produção da plataforma Almirante Barroso no campo de Búzios, bem como reduziu preço de querosene de aviação e revisou meta de investimento em baixo carbono. Também disse que se reuniu com Adnoc e Apollo, mas não tomou decisão sobre a Braskem. Ainda, fontes disseram à Reuters que a Petrobras deve ampliar o foco no exterior se Brasil barrar Margem Equatorial.

- ITAÚ UNIBANCO ON avançava 0,44%, a 26,43 reais, enquanto BRADESCO PN subia 1,1%, a 15,68 reais.

- BRF ON subia 1,85%, a 8,28 reais, ainda refletindo a notícia da véspera relacionada a uma injeção bilionária pela acionista Marfrig e pelo fundo saudita Salic. Na quarta-feira, os papéis fecharam em alta de quase 12%. "Não é segredo neste momento que achamos que a BRF precisa de mais capital", afirmou o BTG Pactual em relatório nesta quinta-feira, avaliando positivamente o anúncio.