Retração da indústria da zona do euro se aprofunda em maio, apesar de cortes de preços, aponta PMI
LONDRES (Reuters) - A contração da atividade industrial da zona do euro se aprofundou em maio com a queda da demanda, apesar de as fábricas terem reduzido os preços pela primeira vez desde setembro de 2020, de acordo com uma pesquisa que pintou uma perspectiva sombria.
Compilado pela S&P Global, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) HCOB final da indústria, divulgado nesta quinta-feira, caiu para 44,8 em relação aos 45,8 de abril e preliminar de 44,6. Com isso, permanece abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 11º mês consecutivo.
O subíndice que mede a produção recuou de 48,5 para 46,4, a mínima em seis meses.
"A fraqueza da demanda no setor industrial, que se tornou cada vez mais evidente desde o início do ano nas leituras do PMI, agora levou as empresas pesquisadas a reduzir sua produção pelo segundo mês consecutivo", disse Cyrus de la Rubia , economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
"O declínio nas novas encomendas domésticas e estrangeiras sinaliza que a fraqueza na produção provavelmente persistirá por vários meses."
Essa queda na demanda ocorreu mesmo com as fábricas conseguindo reduzir os preços devido à queda dos custos de produção no ritmo mais rápido desde fevereiro de 2016. O índice de preços de produção ficou em 49,0 em comparação com 51,6 de abril.
Isso provavelmente será bem recebido pelas autoridades do Banco Central Europeu, que não conseguem levar a inflação de volta à meta, apesar do aperto da política monetária mais agressivo da história.
(Reportagem de Jonathan Cable)
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